Risco, inovação e compliance: o tripé estratégico que impulsiona PMEs e investidores estrangeiros no Brasil

Consultor Dante Ferreira Farias defende que cultura de gestão de riscos, aliada à inovação e ao compliance, é fundamental para a sustentabilidade de empresas em ambientes regulatórios complexos e voláteis

A sustentabilidade de pequenas e médias empresas (PMEs) lideradas por investidores estrangeiros exige mais do que soluções técnicas isoladas. Segundo Dante Ferreira Farias, especialista em gestão de riscos, compliance e inovação com experiência internacional, o avanço dessas organizações depende da capacidade de integrar processos eficientes, responsabilidade regulatória e visão estratégica de longo prazo.

“Empresas que conseguem transformar riscos em oportunidades estão mais preparadas para crescer com segurança em mercados instáveis”, afirma Farias. “A gestão de riscos deixou de ser apenas uma prevenção, hoje ela é parte essencial da estratégia empresarial”.

De acordo com dados do Sebrae, PMEs representam mais de 99% das empresas brasileiras e geram 62% dos empregos formais no setor privado. No entanto, menos de 30% delas têm uma política estruturada de compliance ou gestão de riscos. A ausência dessa estrutura, segundo Farias, representa um gargalo para a expansão e para a atração de investimentos.

“Para investidores estrangeiros, o desconhecimento de normas locais e a falta de transparência nos processos são fatores críticos. É por isso que sempre oriento a criação de estruturas robustas de compliance, capazes de alinhar inovação com conformidade legal”, explica o consultor.

Estudos indicam que empresas com práticas sólidas de compliance têm maior probabilidade de ampliar suas operações com sucesso nos primeiros anos após a entrada em novos mercados. A implementação eficaz dessas práticas contribui para a mitigação de riscos e fortalece a confiança de investidores e parceiros, facilitando o crescimento sustentável. A construção dessa base, segundo Farias, começa com auditorias detalhadas, padronização de processos e treinamentos contínuos. “Compliance não é um custo, e sim um investimento que protege o negócio e atrai capital”, enfatiza o especialista.

Além da conformidade, a tecnologia também tem papel central. Farias defende o uso de soluções digitais para monitoramento de riscos em tempo real e indicadores de desempenho automatizados. “Tecnologia é ferramenta essencial para antecipar ameaças, minimizar impactos e garantir resiliência operacional. Capacitar colaboradores para tomar decisões baseadas em dados é uma das minhas principais recomendações”.

Com mais de 15 anos de atuação, Farias é reconhecido por conduzir reestruturações operacionais de empresas estagnadas, especialmente no setor imobiliário e em mercados regulados como o norte-americano. Um dos marcos em sua trajetória foi a identificação de riscos significativos que poderiam comprometer a expansão de uma PME estrangeira no Brasil. “Por meio de uma análise detalhada, conseguimos não apenas mitigar esses riscos, mas também elaborar uma estratégia sustentável para os próximos cinco anos”, relata.

Para ele, o diferencial das PMEs que prosperam está na construção de uma cultura organizacional voltada à excelência e responsabilidade. “O desafio não é apenas se adaptar às exigências, mas promover uma cultura de inovação e ética que esteja no centro do negócio”, conclui.

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